O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (13) que o país concordou com as propostas dos Estados Unidos para interromper os combates na Ucrânia. No entanto, ressaltou que qualquer cessar-fogo precisa garantir uma paz duradoura e abordar as causas do conflito.
Putin ordenou o envio de dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia em 2022, desencadeando o maior confronto entre Moscou e o Ocidente desde a Guerra Fria.
“Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades”, declarou Putin em entrevista coletiva no Kremlin, após reunião com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko.
“Mas partimos do fato de que essa cessação deve ser tal que levaria a uma paz de longo prazo e eliminaria as causas originais desta crise”, acrescentou.
O líder russo também questionou alguns aspectos do cessar-fogo, como a garantia de que ele será respeitado ao longo da extensa fronteira de mais de 2 mil quilômetros entre Rússia e Ucrânia.
As forças russas avançam desde meados de 2024 e atualmente controlam quase um quinto do território ucraniano. Três anos após o início da guerra, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que interromperá o conflito.
Na Casa Branca, na quarta-feira (12), Trump declarou que esperava que o Kremlin aceitasse a proposta americana de um cessar-fogo de 30 dias, apoiada pela Ucrânia, para acabar com o que chamou de “banho de sangue”.
Putin agradeceu a Trump por seus esforços para encerrar a guerra.
“A ideia em si é correta, e certamente a apoiamos”, disse o presidente russo. “Mas há questões que precisamos discutir. E acho que precisamos conversar com nossos colegas americanos também.”
Putin também mencionou a possibilidade de entrar em contato com Trump para tratar do assunto. “Apoiamos a ideia de acabar com este conflito por meios pacíficos.”
Ainda na quarta-feira, o presidente russo visitou um posto de comando na região de Kursk, no oeste da Rússia, vestindo uniforme de camuflagem. No local, as forças ucranianas enfrentam uma grande ofensiva russa e correm o risco de perder terreno.
Na entrevista coletiva desta quinta-feira, Putin afirmou que os ucranianos em Kursk têm apenas duas opções: “morrer ou serem capturados”.
Mín. 21° Máx. 33°