A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão do ex-ministro e general do Exército Walter Braga Netto. Preso desde dezembro, ele é investigado por suspeita de tentar interferir nas apurações sobre um suposto plano de golpe de Estado no final do governo de Jair Bolsonaro (PL).
O julgamento ocorreu nesta sexta-feira (14) no Plenário Virtual do STF, onde os ministros depositam seus votos sem debate. A defesa de Braga Netto alegou que os atos atribuídos a ele são "pretéritos" e que não há justificativa para manter a prisão preventiva.
No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, destacou que as investigações apontam para uma "gravíssima" participação do general nos fatos apurados, justificando a permanência da prisão. O voto de Moraes foi acompanhado integralmente pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.