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Bruno Henrique, do Flamengo, é indiciado pela PF por suposta manipulação de apostas esportivas

Atacante teria forçado uma falta durante uma partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, para beneficiar parentes no mercado de apostas.

16/04/2025 às 10h09
Por: Redação VOX
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Foto: Reprodução/Gilvan de Souza/CRF
Foto: Reprodução/Gilvan de Souza/CRF

A Polícia Federal indiciou o jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo, e outras nove pessoas por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. Segundo as investigações, o atleta teria forçado uma falta durante uma partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, para beneficiar parentes no mercado de apostas. O jogador acabou sendo expulso nos minutos finais do jogo.

Em novembro de 2024, a Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Entre os alvos estão o irmão do jogador, sua cunhada e dois amigos próximos.

O indiciamento indica que a Polícia Federal encontrou elementos suficientes para considerar que os envolvidos cometeram crimes. A análise do caso será agora responsabilidade do Ministério Público, que poderá apresentar denúncia à Justiça caso concorde com a avaliação da PF.
STJD arquivou processo esportivo

Paralelamente à investigação da PF, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) também apurou a conduta de Bruno Henrique, mas arquivou o caso em setembro de 2024. O relatório do tribunal se baseou em três pontos principais: "Lance normal", "lucro ínfimo" e "prática corriqueira".

Segundo o entendimento do STJD, o lance que resultou no cartão foi considerado “um lance comum” e poderia ser “interpretado como lance normal, sem falta”. O procurador também apontou que chamou atenção a calma do jogador ao esperar os acréscimos do segundo tempo para cometer a infração.

Além disso, o parecer destacou que “o lucro das apostas seria ínfimo”. O relatório obtido pelo RJ2 mostra que os valores mais significativos das apostas variaram entre R$ 1,5 mil e R$ 3,05 mil, com um lucro máximo de R$ 6,1 mil.

Veja quanto foi apostado nos cartões:

•    R$ 3,05 mil para ganhar R$ 9,15 mil (lucro de R$ 6,1 mil)
•    R$ 2,3 mil para ganhar R$ 7 mil (lucro de R$ 4,7 mil)
•    R$ 1,5 mil para ganhar R$ 4,55 mil (lucro de R$ 3,05 mil)

Por fim, o procurador destacou que a prática de “forçar” cartões é comum no Brasileirão. O argumento levou em conta que o jogo em que Bruno Henrique ficou suspenso, após o cartão, foi contra o Fortaleza. Na sequência, o Flamengo enfrentaria o Palmeiras, rival direto na disputa pelo título. Com a suspensão já cumprida, o jogador pôde atuar normalmente nessa partida.

A defesa do atacante utilizou a mesma linha de raciocínio, argumentando que a informação de que ele estava "pendurado" era pública e que é natural o aumento no volume de apostas relacionadas a esse tipo de jogada. A prática de cometer faltas para cumprir suspensão em jogos considerados menos importantes também foi apresentada como argumento pela defesa.

O STJD poderá reabrir o caso caso a Polícia Federal e o Ministério Público Federal apresentem novas provas que comprovem a participação do jogador em irregularidades.

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