A viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Japão e ao Vietnã, realizada no fim de março, contou com uma comitiva de pelo menos 220 pessoas, incluindo a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado (10), o grupo gastou, ao menos R$ 4,54 milhões. O valor total da viagem ainda não foi divulgado.
Entre os integrantes estavam ministros como Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
No sistema Siafi, que registra os pagamentos do governo federal, constam 112 pessoas no chamado “escalão avançado”. Já 72 participantes eram ligados a órgãos vinculados à Presidência da República, como o Gabinete Pessoal da Presidência, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Secretaria de Comunicação (Secom) e a Casa Civil. Foi a maior comitiva presidencial identificada no atual mandato de Lula.
A primeira-dama, Janja, também participou da viagem e, posteriormente, seguiu para Paris, onde discursou em um evento sobre nutrição. O custo de seus deslocamentos – de Tóquio a Paris e, depois, de Paris a Brasília via São Paulo – somou R$ 60.210,58. No trecho final, Janja viajou na classe “Premium Business”, no assento 1L.
Segundo o Estadão, a Secom se recusou a informar o número completo de viajantes e os custos totais da comitiva, alegando que a lista de integrantes das comitivas técnicas e de apoio está “classificada no grau de sigilo reservado”, podendo ser mantida em sigilo por até cinco anos. O órgão afirmou ainda que as autoridades da comitiva oficial foram listadas no Diário Oficial da União.
As despesas com hospedagem das autoridades e servidores que acompanham o presidente, o vice-presidente e ministros em viagens ao exterior são custeadas com recursos do Itamaraty, segundo a Secom.