O dia 4 de junho de 1988 está entre as datas mais tristes e revoltantes da história de Coronel Fabriciano e do Vale do Aço.
Na tarde daquele sábado, 37 anos atrás, por volta das 17h15, uma tragédia marcaria para sempre a cidade e, sobretudo, uma família, então moradora do recém-criado, à época, bairro Universitário, região do Caladinho de Baixo.
Maira Gomes da Silva, de cinco anos, e Marina Gomes Alves da Silva, de dois, irmãs, morreriam naquela data, após ataques de dois leões que romperam as grades de suas jaulas e avançaram sobre a plateia do Circo Húngaro, instalado na rua São Sebastião, bairro Santa Helena, região central fabricianense.
Encaminhadas a hospitais localizados no município, Maira e Marina não resistiram aos ferimentos e faleceram.
O empresário de diversões e apontado como dono do Circo Húngaro, Leopoldo de Almeida Signorelli, na ocasião com 28 anos, e o domador Jefferson Weber Conceição, além do gerente do circo, Dorival Garrido Feitosa, com 40 anos em 1988, foram denunciados por homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar.
No entanto, para revolta da família das crianças e também da sociedade fabricianense, os três citados, que, assim como o Circo Húngaro, não eram de Coronel Fabriciano, nunca pagaram pelo crime.
Os pais de Maira e Marina, Raimundo Arruda da Silva e Maria Joana Mercês Silva, faleceram há menos de dez anos.
Reportagem especial
Veja a reportagem especial, com áudios e fotos, produzida pelos canais VOX sobre a tragédia, publicada em 2023.
Advogado da família
Quase quatro décadas depois, a reportagem VOX entrevistou, com exclusividade, o advogado da família das duas crianças mortas no dia 4 de junho de 1988.
Por telefone, o Dr. Pedro Alcântara atualizou sobre a longa disputa judicial que busca punir os acusados pelo crime.
Ouça a entrevista completa do advogado aos canais VOX:
Acusados
A reportagem VOX ainda tenta localizar os acusados.