O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante interrogatório realizado nesta terça-feira (10), em Brasília. A oitiva aconteceu após os depoimentos do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, do ex-ministro Anderson Torres e do general Augusto Heleno, todos investigados no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
Questionado sobre declarações feitas em uma reunião ministerial em julho de 2022, na qual criticou membros do STF e do TSE, incluindo Moraes e o ministro Luís Roberto Barroso, Bolsonaro alegou que se tratava de um momento de desabafo. O ex-presidente chegou a insinuar que Moraes teria recebido propina de US$ 50 milhões, mas, ao ser confrontado, recuou.
“Tanto é que era uma reunião para não ser gravada, um desabafo, uma retórica que eu usei. Se fossem outros três ocupando aquelas cadeiras, teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe. Não tive a intenção de acusar qualquer um dos senhores de desvio de conduta”, declarou Bolsonaro.
O depoimento faz parte das investigações conduzidas pelo STF sobre articulações antidemocráticas após as eleições de 2022.
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