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Nasa nega vínculo com mineira que diz ser astronauta e que fará missão espacial

Laysa Peixoto informou que se pronunciaria por meio de sua assessoria de imprensa.

11/06/2025 às 11h14
Por: Redação VOX
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Laysa Peixoto, jovem de 22 anos natural de Contagem (MG), ganhou notoriedade nas redes sociais ao anunciar que foi selecionada para se tornar astronauta de carreira e integrar a suposta turma de 2025 da empresa Titans Space, com previsão de voo espacial para 2029. A informação, no entanto, foi alvo de apuração jornalística que apontou diversas inconsistências nas declarações da mineira.

Em postagens recentes, Laysa afirmou que atuaria em missões tripuladas para estações espaciais privadas, além de futuras viagens à Lua e Marte. Ela também já havia declarado ter feito um "treinamento de astronauta" com a NASA, ser estudante da UFMG e cursar mestrado na Universidade Columbia, em Nova York.

No entanto, segundo investigação do g1:

•    A NASA negou que Laysa tenha feito parte de qualquer programa oficial de formação de astronautas.
•    A UFMG confirmou que a jovem foi desligada do curso de Física em 2023 por não efetuar matrícula.
•    A Universidade Columbia não encontrou registro da brasileira entre seus alunos.
•    A Titans Space confirmou a seleção de Laysa, mas não detalhou se ela irá ao espaço como astronauta ou turista. Ela também não consta na lista oficial da equipe da missão.
•    A FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) afirmou que a Titans Space não possui autorização para voos espaciais tripulados.

Além disso, em uma imagem enviada pela própria Laysa em 2022, ela aparece com um capacete com o logo da NASA. No entanto, uma versão da mesma imagem postada em suas redes sociais aparece sem o logotipo, o que levanta suspeitas sobre alterações digitais.

Laysa também alegou ter participado de um treinamento no U.S. Space & Rocket Center, no Alabama, o que de fato é possível — o centro oferece programas pagos de caráter educacional, mas que não têm vínculo com o programa oficial de astronautas da NASA.

Em nota, o físico e professor Guilherme da Silva Lima, da UFMG, explicou que a formação de um astronauta exige anos de estudo, formação acadêmica sólida, preparo físico e psicológico rigoroso e a participação em seleções criteriosas. “Não é apenas querer. É um processo longo, complexo e extremamente técnico”, afirmou.

Procurada, Laysa informou que se pronunciaria por meio de sua assessoria de imprensa. A equipe disse, no dia 10 de junho, que ainda está reunindo informações que serão divulgadas em breve. Até o momento, não houve retorno conclusivo.

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