O Supremo Tribunal Federal (STF) formalizou nesta quarta-feira (11) o pedido de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli, que está na Itália desde a semana passada. A medida visa garantir o retorno da parlamentar ao Brasil para cumprir pena de 10 anos de prisão, determinada por sua participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O ofício foi enviado em caráter de urgência ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. No último sábado (7), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão definitiva de Zambelli, que agora consta na lista de foragidos internacionais da Interpol.
O Supremo também solicitou à Câmara dos Deputados a abertura de processo para a perda do mandato da deputada.
Zambelli afirmou, no dia 3, que havia viajado aos Estados Unidos para tratamento médico. Segundo a CNN, no entanto, a suspeita é de que ela tenha atravessado a fronteira terrestre até a Argentina, pela cidade de Puerto Iguazú, e de lá embarcado para os EUA. Posteriormente, teria seguido para a Itália, onde permanece.
Em entrevista à emissora, Zambelli alegou ter cidadania italiana e afirmou estar “intocável” em território europeu. “Como cidadã italiana, eu sou intocável na Itália. Não há o que ele [Moraes] possa fazer para me extraditar de um país em que sou cidadã. Estou muito tranquila quanto a isso”, declarou. Depois, afirmou que se apresentaria à Justiça italiana.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva da parlamentar logo após sua saída do país. Com a inclusão no alerta vermelho da Interpol, Carla Zambelli passou a ser considerada oficialmente uma foragida internacional.