Um casal do estado de Michigan, nos Estados Unidos, foi condenado pela morte da filha recém-nascida após se recusar a levá-la ao hospital, mesmo diante de alertas médicos. Joshua e Rachel Piland, descritos como ultrarreligiosos, foram considerados culpados por homicídio em segundo grau e abuso infantil em primeiro grau. A sentença mínima estipulada é de 20 anos de prisão, podendo chegar a até 45 anos.
O caso ocorreu em fevereiro de 2017, quando a bebê Abigail, nascida em parto domiciliar, apresentou sinais de icterícia. No dia seguinte ao nascimento, a parteira Sandra McCurdy recomendou que os pais buscassem atendimento médico imediato. A recomendação, no entanto, foi ignorada por Rachel, que afirmou que a filha estava bem e que “Deus não comete erros”. Joshua apoiou a decisão da esposa.
A bebê morreu três dias após o parto, em decorrência do acúmulo de bilirrubina no cérebro, uma condição tratável com cuidados médicos adequados. Mesmo mais de nove horas após o falecimento da criança, amigos e familiares ainda estavam reunidos na casa da família, rezando por um milagre, segundo relato da policial Stacey Browe.
Durante o interrogatório policial, o pai reafirmou sua postura. “Se eu tivesse a escolha entre entregar minha filha a homens com as melhores intenções e as mais altas habilidades do mundo, eu ainda colocaria a vida da minha filha nas mãos do meu Senhor Salvador Jesus Cristo”, declarou.
O julgamento, realizado no condado de Ingham, durou três semanas. Ao fim do processo, o júri considerou que o casal agiu com negligência grave ao rejeitar o atendimento médico. Após cumprirem a pena mínima, Joshua e Rachel poderão solicitar progressão para o regime condicional.
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