O Unileste foi palco, na manhã desta segunda-feira (8), do sexto encontro regional do Seminário Legislativo Estatuto da Igualdade Racial, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e entidades parceiras.
O intuito destes encontros é aprimorar o Projeto de Lei (PL) 817/23, que institui o Estatuto da Igualdade Racial no Estado de Minas Gerais, que está em tramitação na Casa. O projeto tem como autoras as deputadas Ana Paula Siqueira (Rede), Andréia de Jesus (PT), Leninha (PT) e Macaé Evaristo (PT).
Na abertura do seminário em Coronel Fabriciano, Edna Imaculada de Oliveira, presidenta do Coletivo Roda das Pretas, salientou a oportunidade de se fazer ouvir. “Nossa voz, por tanto tempo silenciada, estará presente no documento. Será também um tributo a nossos ancestrais que lutaram por isso”, afirmou.
Ela reforçou, porém, a necessidade de vigilância para que a futura lei seja implementada. “A liberdade é uma luta constante”, enfatizou, citando poema da escritora negra Conceição Evaristo.
“Não basta a lei, mas, sem ela, fica tudo mais difícil e sem parâmetro”, acrescentou o reitor da Unileste, Genésio Zeferino da Silva.
A deputada Andréia de Jesus (PT) ressaltou a importância do deslocamento da ALMG até as regiões do Estado, de forma a garantir aspectos regionais no Estatuto. “O desafio de se chegar até aqui pelas estradas mineiras é o mesmo que vocês enfrentariam para ir à sede da Assembleia”, comparou.
O encontro em Coronel Fabriciano foi aberto com atrações da cultura popular tradicionalmente ligadas ao movimento negro: a marujada de São José de Cocais, um povoado rural de Coronel Fabriciano, e o Grupo Cultural e Carnavalesco Afoxé, de Timóteo.