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Turistas brasileiros são assaltados em deserto no Peru e andam por 25km para conseguir ajuda

O local não tinha sinal de celular

11/07/2024 às 09h21
Por: Redação
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Foto: reprodução / Redes sociais
Foto: reprodução / Redes sociais

Durante um passeio ao Cânion de los Perdidos, no Peru, Andressa Alexandre, de 27 anos, e Paulo Ricardo da Cruz, de 32 anos, vivenciaram momentos de puro desespero. O grupo de turistas do qual faziam parte foi surpreendido por um assalto, ficando a pé em uma região desértica sem sinal de celular. A única solução foi caminhar pelo deserto peruano, totalizando uma jornada de 25 quilômetros a pé.

"Você está caminhando no local que não tem nada, só areia reta, e você não tem ideia da distância que você precisa caminhar para chegar em algum lugar com civilização. É muito desesperador, faz você começar a pensar muita coisa. Era até engraçado, porque, às vezes, as pessoas começavam a alucinar, ver coisas onde não tinha. Isso dá um filme", relembra Andressa.

O incidente ocorreu em maio, mas ganhou notoriedade na última segunda-feira (8), após o casal, residente em Cascavel, oeste do Paraná, publicar um vídeo nas redes sociais narrando a experiência.

"No deserto não tem ponto de referência, então a orientação sempre era caminhar justamente para cada vez ficar mais próximo da estrada", explica Andressa.

O casal contratou o passeio por meio de uma agência de turismo peruana e se juntou a um grupo de aproximadamente 24 pessoas. Ao retornarem do cânion e se aproximarem do local onde as vans os aguardavam, depararam-se com uma cena caótica.

"Não tinha mais duas vans, só tinha uma. Tinha uma menina estirada no chão, com o pé meio ensanguentado e chorando, outra menina que estava com ela também estava chorando e os dois motoristas com cara de assustados", recorda Paulo.

Enquanto o grupo estava no cânion, assaltantes armados abordaram os veículos, amarraram os motoristas e roubaram os pertences que estavam nas vans. Uma das turistas, ao tentar impedir que levassem seu passaporte, acabou sendo baleada e teve o pé atropelado durante a fuga dos criminosos, que roubaram uma das vans e a bateria da outra para evitar serem seguidos.

Após prestar os primeiros socorros à turista ferida, o grupo enfrentou uma difícil decisão: permanecer no deserto ou procurar ajuda. "Começou aquela saga, né? A gente tinha que decidir, porque as escolhas eram: ou nós íamos ficar ali eternamente, até algum dia aparecer uma outra agência, um morador ou alguma coisa assim, tendo risco de dormir no deserto, ou nós saímos andando procurando ajuda até conseguir", relata Andressa.

O grupo decidiu se dividir: uma parte caminhou em busca de sinal de celular, enquanto a outra se dirigiu à estrada mais próxima. Segundo Paulo, os maiores medos naquele momento eram a possível volta dos assaltantes ou o frio intenso da noite no deserto.

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