Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF) deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha, que investiga um esquema ilegal de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A operação cumpre cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.
De acordo com a PF, a estrutura da Abin era usada para monitorar autoridades dos Três Poderes e jornalistas, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida na produção de notícias falsas e vigilância ilegal. As investigações revelaram que o grupo criou perfis falsos e divulgou informações falsas, além de acessar ilegalmente computadores e dispositivos de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.
Entre os alvos da espionagem ilegal estão deputados, ministros do STF e jornalistas que cobrem o cotidiano da Suprema Corte. Os investigados podem responder por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático.