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Comércio eletrônico movimenta R$ 196,1 bilhões em 2023 e cresce 4% em relação ao ano anterior

Os estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais foram responsáveis por 60% das transações realizadas via comércio eletrônico no ano passado, segundo o relatório

04/09/2024 às 18h20
Por: Marcelo Corrêa
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O estudo também revelou grandes disparidades regionais no comércio eletrônico Foto/Fonte: Agência Brasil
O estudo também revelou grandes disparidades regionais no comércio eletrônico Foto/Fonte: Agência Brasil

O comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 196,1 bilhões ao longo de 2023, registrando um crescimento de 4% em comparação com 2022, de acordo com o Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O volume de negócios do e-commerce brasileiro mais que quintuplicou desde 2016, quando o setor movimentou pouco mais de R$ 39 bilhões.

Os estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais foram responsáveis por 60% das transações realizadas via comércio eletrônico no ano passado, segundo o relatório.

“Esse cenário evidencia a necessidade de avançar nos processos de inclusão digital e distribuição de renda”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, destacando a importância do e-commerce para o desenvolvimento nacional.

Produtos mais vendidos

Com base em dados extraídos de notas fiscais eletrônicas fornecidas pela Receita Federal, o relatório do Observatório aponta que smartphones foram os itens mais vendidos no e-commerce em 2023, movimentando R$ 10,3 bilhões. Na sequência, livros, brochuras e impressos geraram R$ 6,4 bilhões em vendas; televisores movimentaram R$ 5,3 bilhões; refrigeradores e congeladores, R$ 5 bilhões; tablets, R$ 4,4 bilhões; e complementos alimentares, R$ 3,7 bilhões.

A lista de produtos mais vendidos variou de acordo com o estado. Em Minas Gerais, calçados lideraram as vendas, enquanto no Espírito Santo os aparelhos de ar-condicionado foram os mais populares. Já em Santa Catarina e Paraíba, refrigeradores e congeladores dominaram o mercado, enquanto automóveis foram os mais vendidos em Goiás. No Distrito Federal, o livro foi o produto mais comercializado.

Desigualdade regional no e-commerce

O estudo também revelou grandes disparidades regionais no comércio eletrônico. A região Sudeste manteve a liderança, concentrando 73,5% das vendas online em 2023, seguida pelo Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%). Já quanto à origem das compras, o Sudeste também foi o destino de 55,6% das transações, seguido pelo Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).

Para reduzir essa desigualdade, o MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estão desenvolvendo o projeto **E-commerce.BR**, que será lançado até o final do ano. O objetivo é incentivar a adesão de pequenos negócios ao comércio online, especialmente em regiões onde essa prática ainda é limitada. O projeto visa melhorar o desempenho financeiro dessas empresas por meio de soluções inovadoras, com foco no fortalecimento do comércio interestadual, que representou 62% das transações em 2023.

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