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Rebecca Cheptegei, renomada maratonista ugandesa de 33 anos, faleceu nesta quinta-feira (5) após sofrer graves queimaduras provocadas por seu ex-namorado, Dickson Ndiema Marangach. O incidente ocorreu quatro dias antes, quando Marangach invadiu a residência de Cheptegei em Endebess, no Quênia, e ateou fogo em seu corpo na presença de suas duas filhas.
A atleta, que competiu na maratona dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e terminou em 44ª posição, estava em casa com a irmã e as filhas no momento do ataque. Marangach, com quem Cheptegei tinha um relacionamento conturbado, jogou gasolina sobre a atleta e incendiou-a, resultando em queimaduras graves em mais de 80% de seu corpo. A maratonista foi levada ao Moi Teaching and Referral Hospital, mas os esforços médicos não foram suficientes para salvar sua vida, com a morte sendo confirmada às 5h30 locais.
Donald Rukare, presidente do Comitê Olímpico de Uganda, expressou sua consternação e condenou o ato como "covarde e sem sentido". A Athletics Kenya também lamentou profundamente a perda e pediu o fim da violência de gênero.
O pai da atleta, Joseph Cheptegei, revelou que o ataque foi motivado por uma disputa sobre um terreno comprado pela filha. Ele pediu ao governo que proteja as vítimas de violência e a propriedade das famílias envolvidas.
Casos de violência contra atletas não são inéditos na região. Em 2021 e 2022, outras atletas quenianas, Agnes Tirop e Damaris Mutua, também foram vítimas de feminicídio. Esses eventos reforçam a necessidade urgente de políticas eficazes para proteger mulheres e meninas contra a violência.
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