O pianista e compositor Sergio Mendes, um dos maiores divulgadores da bossa nova no mundo, faleceu aos 83 anos nesta quinta-feira (5), em Los Angeles, onde vivia desde os anos 60. A notícia foi confirmada pela família, que informou que sua saúde estava debilitada devido aos efeitos da covid longa. A causa exata da morte não foi revelada.
Com uma carreira de 60 anos e 35 álbuns lançados, Mendes se destacou como o músico brasileiro de maior sucesso nos Estados Unidos. Ele colaborou com grandes nomes do jazz, como Herb Alpert e Cannonball Adderley, além de artistas do pop como Stevie Wonder, Justin Timberlake e o grupo Black Eyed Peas. No Brasil, trabalhou com nomes icônicos da MPB, como João Donato e Hermeto Pascoal.
Mendes conquistou um Grammy e foi indicado ao Oscar em 2012 pela canção "Real in Rio", feita em parceria com Carlinhos Brown para a animação "Rio". Em 1966, lançou sua versão mais famosa de "Mas que nada", de Jorge Ben Jor, que foi remixada pelo Black Eyed Peas em 2006, reintroduzindo-o a novas gerações.
Nascido em Niterói (RJ) em 11 de setembro de 1941, ele mudou-se para os EUA em 1964 e levou 14 músicas ao top 100 das paradas americanas, destacando-se com hits como "The Look of Love" e "Never Gonna Let You Go". Mendes também teve encontros memoráveis com figuras como Frank Sinatra e Elvis Presley.
O último álbum do artista, *In the Key of Joy*, foi lançado em 2020, mesmo ano em que ele foi tema de um documentário de mesmo nome. Sergio Mendes deixa a esposa, Gracinha Leporace, e cinco filhos.