O Brasil registrou um crescimento expressivo no número de microempreendedores individuais (MEIs) nos últimos dez anos. De 4,6 milhões de MEIs em 2014, o total saltou para 15,7 milhões em 2023, segundo dados do Ministério do Empreendedorismo. Esse aumento reflete a busca por alternativas ao emprego formal e foi impulsionado por fatores como flexibilidade financeira, pejotização e o impacto da pandemia de COVID-19, que elevou o desemprego e incentivou o empreendedorismo.
Os MEIs gerenciam seus próprios negócios, sem a possibilidade de ter sócios ou mais de um funcionário, e podem faturar até R$ 81 mil por ano. A formalização garante acesso a benefícios como simplificação tributária e direitos previdenciários, sendo um atrativo importante, segundo Décio Lima, presidente do Sebrae. Ele destaca a facilidade de registro e o baixo custo mensal de impostos, que estimula a formalização de novos negócios.
Além disso, em 2022, o Brasil registrou o maior número de novos MEIs em um único ano, com 3,3 milhões de registros. Especialistas apontam que a combinação de maior flexibilidade e economia de custos para empresas que contratam via pessoa jurídica (PJ) também impulsiona esse fenômeno, que se consolidou como uma alternativa relevante no mercado de trabalho.