Um recente levantamento destaca a significativa desigualdade salarial entre homens e mulheres em Minas Gerais, com as mulheres recebendo, em média, R$ 2.996,81, enquanto os homens têm uma remuneração média de R$ 3.989,39. Isso representa uma diferença de 24,88%, superior à média nacional, que é de 20,7%. Os dados foram obtidos no 2º Relatório de Transparência Salarial, elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, que analisou informações de empresas com 100 ou mais funcionários.
O estudo foi baseado nas respostas de 5.108 empresas mineiras, que juntas empregam 1,71 milhão de pessoas. As informações revelam não apenas a disparidade salarial de gênero, mas também um recorte racial. O relatório indica que, nas empresas pesquisadas, há um número maior de mulheres negras (341,1 mil) em comparação com mulheres não negras (302,3 mil). No entanto, as mulheres negras recebem em média 27,72% a menos que suas colegas não negras, enquanto a diferença salarial entre homens negros e não negros é de 25,26%.
Apesar da disparidade salarial, muitas empresas afirmam adotar políticas de governança para promover a diversidade. O levantamento revelou que 47,8% das empresas em Minas têm planos de cargos e salários estabelecidos, 39,2% implementam políticas de incentivo à contratação de mulheres, e 41,9% promovem mulheres a cargos de direção e gerência. Além disso, 31,4% das empresas adotam incentivos específicos para a contratação de mulheres negras.
A análise das desigualdades salariais em Minas Gerais evidencia a necessidade urgente de ações concretas para reduzir a disparidade entre os gêneros e as raças no mercado de trabalho, a fim de garantir que todos os trabalhadores sejam remunerados de forma justa, independentemente de seu gênero ou cor da pele.