A partir desta terça-feira (1º), o consumo de energia elétrica ficará mais caro em todo o Brasil devido à ativação da bandeira vermelha 2, o nível mais alto da tarifa de energia. Segundo cálculos da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), o aumento previsto nas contas será de 9,85% em relação aos valores atuais. Para uma família que pagou R$ 100 na última fatura, o valor da próxima conta, mantendo o mesmo consumo, será de R$ 109,85.
Esse acréscimo ocorre porque a bandeira vermelha 2 adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, um valor superior ao da bandeira vermelha 1, que estava em vigor em setembro e acrescentava R$ 4,46 por 100 kWh.
A mudança foi determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como resposta à seca que atinge grande parte do Brasil, reduzindo o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, a principal fonte de geração de energia do país. O governo espera que o aumento na conta leve os consumidores a reduzir o consumo de energia, diminuindo a pressão sobre o sistema elétrico nacional.
A bandeira verde, que não gera custos adicionais, vigorou de abril de 2022 até julho deste ano, quando foi substituída pela bandeira amarela. Esta é a primeira vez desde agosto de 2021 que a bandeira vermelha 2 é acionada, em um cenário que lembra a crise hídrica enfrentada pelo país naquela época.
Apesar do impacto imediato no bolso, a Cemig ressalta que o uso de bandeiras tarifárias mais altas pode ajudar a conter o reajuste anual da conta de luz em 2025. Isso porque, em períodos de seca, os custos das companhias de energia aumentam, mas o repasse desses valores ao consumidor ocorre somente nos reajustes anuais. Com a cobrança extra das bandeiras, parte desse custo é abatido, reduzindo a pressão sobre os reajustes futuros.