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Israel realiza operações no Líbano e manda moradores de mais de 20 cidades saírem de suas casas

O governo israelense justifica ação como medida de segurança para proteger moradores do norte do país

01/10/2024 às 09h02
Por: Redação
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Foto: Freepik
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Nesta terça-feira (1º), Israel lançou uma operação terrestre "limitada" com o objetivo de atingir alvos específicos do Hezbollah no sul do Líbano. A ação envolve tropas do Exército israelense em solo, apoiadas por operações aéreas da Força Aérea.

O porta-voz militar Avichay Adraee emitiu uma ordem para que residentes de mais de 20 cidades no sul do Líbano deixem suas casas imediatamente "para a sua própria segurança". Os civis são orientados a se deslocar para a margem norte do rio Awali, que fica entre a fronteira com Israel e Beirute. Segundo Israel, o Hezbollah estaria utilizando a infraestrutura civil e a população local como escudo humano.

Em resposta à incursão israelense, o Hezbollah disparou mísseis direcionados a várias localidades, incluindo Tel Aviv, afirmando que os ataques visavam instalações do serviço secreto israelense, o Mossad. Além disso, a milícia Houthi, que atua no Iémen e é financiada pelo Irã, também anunciou o lançamento de foguetes contra o território israelense.

Desde outubro de 2023, o Hezbollah tem bombardeado o norte de Israel em apoio ao Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza, e Israel tem respondido aos ataques. A tensão na região se intensificou nos últimos dias, com bombardeios israelenses contra alvos do Hezbollah em diversas partes do Líbano, incluindo a capital Beirute. Um dos ataques resultou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na sexta-feira (27).

A operação terrestre de Israel no Líbano era antecipada, e nesta terça-feira, moradores da região de fronteira relataram intensos bombardeios, além da presença de helicópteros e drones. Israel afirmou que está realizando "ataques precisos" contra alvos do Hezbollah que representam uma ameaça imediata ao seu território. A operação é apoiada por artilharia e pela Força Aérea, com os militares israelenses destacando que as ações estão sendo realizadas conforme decisões do escalão político.

Os militares justificaram a operação como uma medida para permitir que os moradores da região norte de Israel possam retornar para casa, após deixarem a área devido aos constantes ataques do Hezbollah. Logo após o início das operações, o Hezbollah lançou pelo menos 10 foguetes contra Israel; parte dos mísseis foi interceptada, enquanto outros caíram em áreas abertas, sem registro de danos ou feridos.

No Líbano, um ataque israelense atingiu um edifício usado como acampamento para refugiados palestinos. O alvo seria Mounir Maqdah, comandante da ala militar do Fatah, mas seu paradeiro é desconhecido até o momento. Não há informações sobre mortos ou feridos divulgadas até a publicação desta reportagem.

Os Estados Unidos se manifestaram em apoio à ação contra o Hezbollah ao longo da fronteira, com o secretário de Defesa, Lloyd Austin, conversando com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Austin defendeu uma solução diplomática para garantir o retorno seguro dos civis ao norte de Israel.

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