Israel declarou nesta quarta-feira (2) que o secretário-geral da ONU, António Guterres, é considerado "persona non grata" no país, afirmando que ele "não merece pisar em solo israelense". O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, fez a declaração após Guterres não condenar de forma inequívoca os ataques de mísseis do Irã contra o território israelense. Katz ainda alegou que o secretário-geral é "anti-Israel", afirmando que ele apoia "terroristas, estupradores e assassinos".
A proibição de entrada de Guterres ocorre em um momento de escalada de tensões no Oriente Médio, com o Conselho de Segurança da ONU se reunindo em caráter de emergência para discutir a situação. O ministro já havia solicitado a renúncia do secretário-geral em ocasiões anteriores, considerando-o incapaz de promover a paz na região.
A crise entre Israel e a ONU se intensificou, especialmente após alegações de que membros da agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) teriam participado de ataques a Israel. Essa acusação levou o governo dos Estados Unidos e outras nações a suspenderem repasses financeiros à UNRWA, que se dedica a atender os refugiados palestinos.
Guterres, por sua vez, condenou a escalada do conflito, pedindo um cessar-fogo, mas suas declarações não foram bem recebidas por Tel Aviv, que intensificou suas críticas à ONU e à gestão de Guterres.