O município de Coronel Fabriciano deverá receber uma indenização de mais de R$ 136 milhões como compensação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ocorrido em 2015. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (25) pelo prefeito de Coronel Fabriciano e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Dr. Marcos Vinicius.
A indenização faz parte do "Novo Acordo da Bacia do Rio Doce", celebrado em uma cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a presença de autoridades, como os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, além de representantes da Samarco, empresa controlada pela Vale e BHP Billiton, e do advogado-geral da União, Jorge Messias.
Desde 2017, Coronel Fabriciano luta pela compensação, argumentando que, mesmo sem estar diretamente na bacia do Rio Doce, o município sofreu com os impactos ambientais que afetaram a fauna, flora e o sistema aquífero, utilizado por cidades vizinhas, incluindo Ipatinga e Santana do Paraíso. Além disso, o Rio Piracicaba, principal afluente do Rio Doce que passa pela cidade, também foi contaminado pelo desastre.
O prefeito Dr. Marcos destacou a relevância do acordo para a cidade e para o estado. “Esse é um momento histórico. Desde que assumi a prefeitura, lutei por esse acordo. Hoje, represento não só Coronel Fabriciano, mas todos os municípios de Minas Gerais. O documento, com mais de 1.200 páginas, será analisado pela Procuradoria do Município, e temos quatro meses para decidir nossa adesão ao acordo”, afirmou.
Como presidente da AMM, Dr. Marcos ainda se comprometeu a defender os municípios que, embora fora da Bacia do Rio Doce, foram impactados pela redução de repasses de ICMS devido aos danos econômicos causados pela tragédia.
O valor de R$ 136.613.095,57 destinado a Coronel Fabriciano será investido em saúde, educação, infraestrutura e geração de emprego. “Esse recurso é essencial para nossa cidade. Agradeço aos servidores e técnicos da Prefeitura que trabalharam para alcançarmos este acordo histórico. É uma conquista importante, mas não podemos esquecer a tragédia e o impacto socioambiental que ela causou”, concluiu o prefeito.