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Rogério Andrade, um dos maiores bicheiros do Rio de Janeira, é preso acusado de homicídio de rival

Caso envolve disputa pelo controle do jogo do bicho no Rio

29/10/2024 às 09h34
Por: Redação
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Foto: Reprodução / Redes sociais
Foto: Reprodução / Redes sociais

Em uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (29), o contraventor Rogério Andrade foi preso pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sob acusação de ter mandado assassinar o rival Fernando Iggnácio. A ação, denominada “Operação Último Ato”, foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e resultou também na prisão de Gilmar Eneas Lisboa, detido em Duque de Caxias. Andrade foi capturado em sua residência, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.

Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e baseiam-se em novas provas levantadas pelo MP-RJ sobre a emboscada que vitimou Iggnácio em novembro de 2020. De acordo com o órgão, Gilmar Eneas teria monitorado a movimentação de Iggnácio até o momento de sua execução.

Fernando Iggnácio, que herdou o império do jogo do bicho do sogro Castor de Andrade, foi executado no dia 10 de novembro de 2020. Ele havia acabado de desembarcar de um helicóptero, vindo de Angra dos Reis, na Costa Verde, quando foi surpreendido a caminho do carro por uma rajada de tiros de fuzil calibre 556 no Recreio dos Bandeirantes.

A rivalidade entre Andrade e Iggnácio é marcada pela disputa pelos negócios de contravenção no Rio de Janeiro. Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, assumiu o controle da rede de jogos de azar da família após a morte do tio em 1997. Desde então, ele expandiu suas operações na Zona Oeste do Rio, explorando jogos ilegais, máquinas de caça-níqueis, bingos e cassinos clandestinos.

Apesar das suspeitas que recaíam sobre ele, Rogério Andrade havia sido inocentado em um processo semelhante em 2021, quando a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu trancar a ação por falta de provas. No entanto, a nova denúncia do GAECO traz indícios adicionais que ligam Andrade diretamente ao homicídio de Iggnácio, com o apoio de Gilmar Eneas Lisboa, identificado como o responsável por vigiar a vítima no dia do crime.

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