Error
Publicidade

Brasil importa cadáveres para treinamento em harmonização facial

Debate sobre o uso de cadáveres frescos para fins estéticos levanta questões sobre ética e acesso à educação médica.

29/10/2024 às 15h13 Atualizada em 29/10/2024 às 15h18
Por: Redação
Compartilhe:
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O uso de cadáveres frescos para o treinamento em técnicas de harmonização facial, como aplicação de toxina botulínica e preenchimento com ácido hialurônico, tem gerado discussões no Brasil. Especialistas defendem que esse método é eficaz, pois permite o aprendizado em estruturas sensíveis da face. A técnica, chamada “fresh frozen”, consiste na preservação de corpos logo após a morte, garantindo que as características anatômicas sejam mantidas, ao contrário do uso tradicional de formol, que compromete a integridade dos tecidos.

Enquanto universidades públicas enfrentam uma escassez de corpos para dissecção, cursos privados têm recorrido à importação de cadáveres congelados de países como os Estados Unidos e a Holanda. Esses corpos são doados em outros países e, por serem mantidos em condições adequadas, oferecem uma experiência de aprendizado mais fiel para os alunos. A diferença crucial é que a legislação brasileira proíbe a comercialização de corpos, exigindo que todos os materiais usados em cursos sejam obtidos através de doação.

A questão da doação de corpos ainda é um desafio no Brasil, onde a conscientização sobre a importância desse ato para a formação de profissionais de saúde é limitada. Apesar de existirem 39 programas de doação em universidades brasileiras, muitos ainda lutam para aumentar o número de doações. Especialistas afirmam que a prática de dissecação é fundamental para a formação médica, e a falta de corpos adequados pode comprometer a qualidade do ensino em anatomia.

A cultura de doação de corpos para fins acadêmicos precisa evoluir, pois a escassez de materiais didáticos acessíveis é um obstáculo significativo. Profissionais do setor ressaltam que o treinamento em cadáveres frescos é uma oportunidade valiosa para que os alunos desenvolvam suas habilidades e melhorem a segurança nos procedimentos estéticos, mas a falta de um sistema de doação robusto torna essa prática uma realidade difícil de sustentar pa

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários