A Polícia Civil de São Paulo informou, nesta terça-feira (29), que já identificou alguns dos envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro no último domingo (27), na BR-381, em Mairiporã. No entanto, a corporação não revelou quantas pessoas foram identificadas e afirmou que continua investigando o caso.
Durante o incidente, um ônibus com torcedores da Máfia Azul, que voltavam do Paraná após a derrota do Cruzeiro por 3 a 0 para o Athletico, foi interceptado pela Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras.
O torcedor cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos, foi assassinado, e 17 pessoas ficaram feridas. Um ônibus levando torcedores mineiros foi incendiado, enquanto outro foi apedrejado.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram torcedores com camisas verdes cobrindo os rostos e armados com barras de ferro espancando os mineiros, muitos dos quais já estavam desacordados ou implorando pelo fim das agressões.
Outras imagens mostram socorristas da Arteris Fernão Dias, a concessionária responsável pelo trecho da rodovia, prestando atendimento aos feridos.
Nas redes sociais, alguns torcedores indicam que a briga foi uma "revanche" em resposta a uma emboscada feita pela "Máfia Azul" na mesma rodovia em setembro de 2022, em Carmópolis de Minas, onde o presidente da torcida rival do Palmeiras foi gravemente agredido pelos cruzeirenses.
As autoridades estão realizando duas investigações simultâneas. A Polícia Civil concentra-se no homicídio que ocorreu durante o confronto, enquanto o GAECO investiga a possível presença de facções criminosas, como o PCC, nas torcidas organizadas.
A complexidade do caso é acentuada pela dificuldade em individualizar as ações dos participantes, considerando o elevado número de envolvidos na briga. Há indícios de que o confronto pode ter sido premeditado, o que agrava ainda mais a situação.