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Novas regras de segurança do Pix entram em vigor nesta sexta-feira (1)

Medida limita transferências a R$ 200 por operação e R$ 1.000 por dia para novos aparelhos

01/11/2024 às 09h03
Por: Redação
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Foto: Reprodução / Agência Brasil
Foto: Reprodução / Agência Brasil

A partir desta sexta-feira (1º) os usuários do sistema de pagamentos Pix que acessarem o serviço por dispositivos novos enfrentarão limites de transferência. Para quem trocar de aparelho, seja celular ou computador, o valor das transferências será restrito a R$ 200 por transação ou R$ 1.000 por dia até que o novo dispositivo seja cadastrado junto ao banco. A medida visa combater fraudes e só se aplica a aparelhos que nunca foram utilizados anteriormente para acessar o Pix; os dispositivos já cadastrados não serão afetados por essas novas regras.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), cada instituição bancária será responsável por orientar os clientes sobre como realizar o cadastro de novos dispositivos. As orientações e dados necessários para o registro serão enviados diretamente ao cliente por meio do aplicativo oficial do banco. Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, explicou que a decisão é resultado de uma série de debates com o Banco Central, que buscam fortalecer a segurança no uso do Pix e reduzir o número de fraudes. "Se o banco identificar que o Pix está sendo acessado por um dispositivo que não é o habitualmente utilizado pelo cliente para gerenciar chaves e transações, a operação será automaticamente limitada”, afirma Faria.

A Febraban alerta também para que os clientes redobrem a atenção e não cliquem em links ou respondam a mensagens suspeitas, especialmente aquelas que pedem informações pessoais ou bancárias. Segundo Faria, e-mails, mensagens de WhatsApp e SMS que chegam fora dos canais oficiais dos bancos podem ser tentativas de golpe. "Se você receber alguma mensagem que não veio pelo aplicativo oficial do seu banco, ignore", orienta.

Além da introdução dos limites de transação para dispositivos novos, as novas regulamentações determinam que as cerca de 900 instituições participantes do Pix, incluindo bancos e instituições de pagamento, implementem uma gestão de risco aprimorada para identificar e bloquear transações atípicas, que não estejam alinhadas com o perfil habitual do cliente. Também será necessário que essas instituições revisem a cada seis meses as marcações de fraude presentes na base de dados do Banco Central para seus clientes.

Outra atualização importante para os usuários do Pix ocorreu no dia 28 de outubro, quando o Banco Central antecipou o lançamento do Pix agendado para pagamentos automáticos, previsto anteriormente para 2025. Com essa nova função, os usuários poderão programar transferências de valor fixo, sem a necessidade de autenticação em cada transação. Este serviço é especialmente útil para pagamentos recorrentes, como mesadas, aluguéis e doações entre pessoas físicas. Todas as instituições financeiras deverão oferecer o Pix agendado até abril de 2025, segundo o Banco Central.

Os pagamentos agendados serão realizados no período entre meia-noite e 8h, desde que a conta tenha saldo suficiente. Caso o pagamento não seja concluído por falta de fundos, uma nova tentativa será feita entre 18h e 21h do mesmo dia. Se, ainda assim, o valor não for transferido, o banco notificará o cliente sobre o problema.

Essas medidas vêm para reforçar a segurança e facilitar o uso do Pix no cotidiano dos brasileiros, proporcionando mais tranquilidade e funcionalidade ao serviço, que tem se tornado cada vez mais essencial para as transações financeiras no país.

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