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Brasil é certificado como livre de elefantíase pela OMS após última transmissão em 2017

O Ministério da Saúde recebeu o certificado de eliminação da doença no país; medida histórica combateu desigualdade e condições de pobreza

11/11/2024 às 15h25
Por: Redação
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Foto: Martial Trezzini/Keystone via AP
Foto: Martial Trezzini/Keystone via AP

O Brasil foi oficialmente declarado livre da elefantíase, também conhecida como filariose linfática, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O certificado de erradicação foi entregue nesta segunda-feira (11) à ministra da Saúde, Nísia Trindade, em uma cerimônia realizada em Brasília. A doença, transmitida por mosquitos e associada a condições precárias de saneamento, teve sua última transmissão registrada em 2017 no município de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.

A elefantíase causa inchaços severos em membros inferiores e genitais, levando a limitações físicas e a estigmatização de pacientes. Historicamente, as áreas mais afetadas no Brasil foram Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, onde a população enfrentava riscos constantes devido à falta de saneamento. Segundo a ministra, a doença representa um "resquício do século 19" e expõe a ligação entre saúde e desigualdade social.

Desde os anos 1950, o Brasil desenvolveu programas de combate à elefantíase, intensificando os esforços a partir de 2013, com investigações e tratamentos em áreas críticas. Hoje, o país se torna o 20° no mundo a ser certificado pela OMS como livre da doença. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, celebrou o feito, destacando o impacto do esforço brasileiro para "libertar o povo do flagelo de uma doença dolorosa e estigmatizante".

A conquista reforça a importância das melhorias em saneamento básico e dos tratamentos com medicamentos antiparasitários como a dietilcarbamazina (DEC), fatores cruciais para a eliminação da doença.

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