Error
Publicidade

Grupo criminoso planejava matar Lula, Alckmin e Moraes com veneno

Investigações apontam que envenenamento e ataques explosivos estavam entre as táticas discutidas para desestabilizar o governo

19/11/2024 às 11h19
Por: Redação
Compartilhe:
Foto: Reprodução / Agência Brasil
Foto: Reprodução / Agência Brasil

Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para desarticular uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado em 2022. O grupo teria como alvo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, além de buscar atacar o STF.

De acordo com a investigação, o plano, que estava sendo discutido por uma célula de militares da ativa e da reserva, tinha como um dos métodos para executar os ataques o envenenamento. O assassinato de Lula, por exemplo, foi discutido com base em sua vulnerabilidade de saúde e a frequente ida a hospitais, o que motivaria a utilização de substâncias químicas para provocar um colapso orgânico. Para os dois outros alvos, também seria considerada a opção de envenenamento em eventos públicos oficiais. A operação ainda revelou que, no caso do ministro Moraes, o uso de artefatos explosivos foi discutido como uma possibilidade para a execução.

A investigação, conduzida pela Polícia Federal, descreve os envolvidos como membros dos chamados “kids pretos”, militares especializados em missões sigilosas e de alto risco. Entre os alvos da operação estão o general da reserva Mário Fernandes, ex-assessor de Jair Bolsonaro e atualmente assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL), e o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, além de outros militares da reserva e um policial federal, Wladimir Matos Soares.

O plano de golpe, denominado "Punhal Verde e Amarelo", tinha como objetivo impedir a posse do novo governo e atacar as instituições democráticas. A operação, que resulta em prisões e apreensões, é parte de um esforço da Polícia Federal para desmantelar o grupo responsável por planejar essas ações, incluindo os atentados às autoridades.

Entre os militares envolvidos, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira, além de Wladimir Matos Soares, o policial federal, foram detidos durante a operação.

A Polícia Federal continua investigando o esquema de organização do grupo e suas conexões com outros membros das forças armadas e a política brasileira, com foco em garantir a segurança institucional do país.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Publicidade
Publicidade
Publicidade