Uma mulher foi presa em Cheshire, na Inglaterra, após manter sua filha escondida em uma gaveta por quase três anos. A criança foi encontrada poucas semanas antes de completar três anos, em condições de saúde e higiene extremamente precárias.
De acordo com a polícia local, a identidade da mãe não foi divulgada para proteger a privacidade da menina, que agora está sob custódia das autoridades e vivendo temporariamente com uma família acolhedora.
Durante toda a sua vida, a criança permaneceu em uma gaveta embutida em uma cama, isolada de qualquer contato com familiares ou amigos.
Quando resgatada, a menina apresentava cabelos embaraçados, hematomas pelo corpo, sinais graves de desnutrição e desidratação, além de desconhecer até mesmo seu próprio nome.
Também foi constatado que a mãe não buscou tratamento para o lábio leporino da filha, uma condição congênita.
A mulher confessou quatro crimes relacionados à crueldade contra crianças, mas sua sentença ainda não foi definida.
Durante o julgamento, o juiz Steven Everett expressou indignação com as ações da mãe: "O que você fez desafia completamente a compreensão. Você privou essa garotinha de amor, afeto, atenção adequada, interação social, alimentação adequada e cuidados médicos essenciais."
Ele também destacou a evolução positiva da menina sob os cuidados da nova família: "Ela é uma garotinha inteligente que agora está, lentamente, voltando à vida após o que foi quase uma morte em vida naquele quarto."
Em depoimento, a mãe afirmou que não sabia estar grávida quando deu à luz e que ficou aterrorizada com a situação. Ela alegou ainda que "a gaveta nem sempre ficava fechada", insinuando que a filha não permanecia constantemente trancada no local.