Nesta quarta-feira (27), o Hamas comemorou o cessar-fogo firmado entre Israel e o Hezbollah no Líbano e manifestou interesse em colaborar para o fim da guerra na Faixa de Gaza. A organização palestina reforçou a importância de negociações que contemplem o fim da ocupação israelense e a troca de prisioneiros.
Segundo o Hamas, o acordo alcançado no Líbano é um marco, pois demonstra que é possível resistir às condições impostas por Israel. O grupo ressaltou a solidariedade do Hezbollah à resistência palestina e reconheceu os sacrifícios do movimento libanês e de seu povo.
O conflito no Líbano teve início após o ataque do Hamas contra Israel, em outubro de 2023, que resultou em mais de mil mortes e na captura de reféns. Desde então, o Hezbollah tem atacado o norte de Israel em apoio à causa palestina, provocando uma resposta militar massiva de Israel no Líbano. Estima-se que cerca de 4 mil libaneses morreram durante o confronto.
Intermediado por França e Estados Unidos, o acordo entre Israel e Hezbollah estabelece um cessar-fogo de dois meses e a retirada de tropas israelenses do Líbano. Em troca, o Hezbollah compromete-se a deslocar suas forças para o norte do Rio Litani, criando uma zona neutra patrulhada pelo Exército libanês e pela ONU.
Apesar do acordo no Líbano, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou que o Hamas não será beneficiado pela trégua. Ele prometeu intensificar a pressão contra o grupo palestino em Gaza para libertar reféns. Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou seu apoio a um cessar-fogo em Gaza, mas condicionado à saída do Hamas do poder.