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Diretor da Loteria Mineira renuncia em meio a polêmica sobre jogos de azar online

Ronan Edgard Moreira deixa o cargo antes de votação na ALMG e com licitação de R$ 15,4 bilhões judicializada

27/11/2024 às 15h25
Por: Redação
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Foto: ALMG/Divulgação
Foto: ALMG/Divulgação

O diretor geral da Loteria do Estado de Minas Gerais, Ronan Edgard Moreira, renunciou ao cargo nesta terça-feira (26), em meio a controvérsias envolvendo uma licitação bilionária para a concessão de jogos de azar online. A decisão foi comunicada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico horas antes de sua indicação ser analisada pelo plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em ofício enviado ao secretário Fernando Passalio, Moreira justificou a saída por "razões pessoais" que, segundo ele, dificultavam o desempenho pleno de suas funções. "Acredito que a Loteria Mineira continuará a prosperar sob nova liderança e me coloco à disposição para facilitar uma transição tranquila", afirmou. O governador Romeu Zema (Novo) ainda não anunciou quem será o substituto.

A saída ocorre em um momento delicado para a Loteria Mineira, que enfrenta um mandado de segurança sobre uma concorrência pública de R$ 15,4 bilhões para a exploração de jogos online por 26 anos. Desde maio, a licitação está suspensa por decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), após denúncias do Sistema de Distribuição Lotérica, que apontou violações de prazos e republicações do edital sem observar normas legais.

Ronan Moreira, que também integrava o Conselho Fiscal do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com remuneração adicional de R$ 5,1 mil mensais, tinha salário-base de R$ 10,3 mil como diretor geral da Loteria Mineira. Sua indicação para o cargo, aprovada por comissão especial em dezembro de 2023, estava prestes a ser votada pelo plenário da ALMG, mas a renúncia levou os deputados a suspenderem a análise, que deve ser arquivada nos próximos dias.

O sucessor de Moreira herdará o desafio de conduzir a autarquia em meio à judicialização do contrato e à necessidade de recuperar a confiança pública na gestão dos recursos e das concessões lotéricas.

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