Com tapete vermelho, trajes de gala e uma atmosfera de expectativa, São Paulo recebeu o evento de lançamento de Senna, série da Netflix sobre o lendário piloto Ayrton Senna. Entre estrelas e convidados ilustres, a diretora de conteúdo da plataforma, Bela Bajaria, roubou os holofotes ao reforçar a aposta global da Netflix no projeto.
“Estou muito animada porque a nossa audiência global vai ver Senna”, declarou Bajaria, sob aplausos intensos. Para muitos presentes, a produção marca um divisor de águas no audiovisual brasileiro, consolidando o país no cenário internacional com uma narrativa que une drama, ação e uma história de superação universal. Dirigida por Vicente Amorim e Julia Rezende, a série estreia nesta sexta-feira (29) como uma das grandes promessas da temporada.
Os primeiros episódios exibidos no evento destacam o início da trajetória de Ayrton Senna no automobilismo internacional. A série mergulha nos desafios enfrentados pelo piloto para se firmar nas pistas europeias, lidando com a xenofobia e o ceticismo dos dirigentes da Fórmula 1. Em meio a essas dificuldades, Senna mostra sua determinação tanto dentro quanto fora do cockpit, um elemento central da narrativa.
O segundo episódio termina no icônico GP de Mônaco de 1984, quando Senna, pilotando um modesto carro da Toleman, desafiou as adversidades climáticas e surpreendeu o mundo ao alcançar o segundo lugar. A corrida, marcada pela controversa decisão do dirigente Jean-Marie Balestre de encerrar a prova antes do previsto, destaca o enfrentamento entre o brasileiro e o francês Alain Prost, que é retratado como um rival à altura do herói. Essa abordagem reforça a universalidade da história de Senna, que transcende o automobilismo.
No evento, o diretor Vicente Amorim enfatizou o espírito coletivo que guiou a produção, refletindo o próprio lema de Ayrton. “Como o Senna dizia, não existe vitória individual, mas sim vitória da equipe. E a série é o maior exemplo disso”, comemorou. Já Gabriel Leone, que interpreta o piloto, emocionou o público ao relembrar sua conexão com o projeto. Segundo o ator, o convite para viver Ayrton surgiu em 2018, quando os produtores Caio e Fabiano Gullane apresentaram o roteiro.
“Eu nasci em 1993 e não tive a oportunidade de assistir ao Ayrton pilotando, mas cresci em uma família que, como todas no Brasil, era fã dele. Para mim, foi um sonho poder dar vida a essa história. Ele era mais do que o maior piloto de todos os tempos, era um exemplo de ser humano. Espero que a série inspire o mesmo orgulho de ser brasileiro que ele sempre trouxe”, declarou Leone, visivelmente emocionado.
O lançamento de Senna acontece em um momento especial para o audiovisual brasileiro. Além da série, produções como Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, têm recebido atenção internacional, apontando para uma nova fase de reconhecimento global das narrativas nacionais.
Com Senna, a Netflix aposta em uma história que promete emocionar tanto os fãs do automobilismo quanto aqueles que admiram a determinação e a genialidade de Ayrton Senna. A série é mais do que um retrato de um ídolo, é uma celebração do legado de um homem que inspirou gerações e que, agora, levará sua história ainda mais longe.