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Desemprego no Brasil recua a 6,2% e atinge menor nível da história, aponta IBGE

Dados mostram melhora no mercado de trabalho, com redução no número de desocupados para 6,8 milhões até outubro

29/11/2024 às 11h20 Atualizada em 29/11/2024 às 12h01
Por: Redação
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Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, atingindo a mínima histórica desde o início da série da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), em 2012. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o número de desocupados foi reduzido para 6,8 milhões, contra 7,4 milhões registrados até julho deste ano.

Este é o menor patamar de desemprego desde o trimestre encerrado em dezembro de 2013, quando a taxa foi de 6,3%. A melhora reflete principalmente o aquecimento da economia, impulsionado pela recuperação pós-pandemia e pelo aumento das contratações temporárias típicas do final do ano.

"O mercado de trabalho está resiliente e consegue absorver tanto na formalidade quanto na informalidade. Este é um movimento que começou com a saída da pandemia e vem se consolidando", analisou Bruno Imaizumi, economista da consultoria LCA. Ele destaca também o impacto positivo da volta dos serviços presenciais e da redução de custos judiciais para empresas após a reforma trabalhista de 2017.

Apesar da redução do desemprego, a taxa de participação — que mede a proporção de pessoas na força de trabalho — ainda está abaixo do nível pré-pandemia, quando superava 63%. Segundo especialistas, isso pode estar relacionado ao envelhecimento da população, um fator que naturalmente reduz a pressão sobre o mercado de trabalho.

Além disso, a atual recuperação não é explicada apenas pelo desempenho econômico. "Ainda que a economia aquecida seja um fator chave, o cenário também reflete mudanças estruturais e demográficas que impactam a busca por emprego", completou Imaizumi.

O IBGE ressaltou que, enquanto o mercado financeiro projetava uma taxa de desemprego entre 6% e 6,4% para o período, o resultado final veio dentro das expectativas, confirmando a trajetória de melhora observada nos últimos meses. O índice já havia registrado 6,4% no trimestre encerrado em setembro, mas o instituto evita comparações diretas entre períodos com meses repetidos.

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