Em uma noite épica no Estádio Monumental, o Botafogo escreveu o capítulo mais glorioso de sua história ao vencer o Atlético-MG por 3 a 1 e conquistar a Taça Libertadores pela primeira vez. Mesmo jogando com um jogador a menos desde o primeiro minuto, o Glorioso mostrou raça e eficiência para superar o favoritismo do Galo e erguer o título continental.
A partida começou de forma dramática para o Botafogo. Com menos de um minuto de jogo, o volante Gregore foi expulso após acertar o rosto de Fausto Vera em uma dividida. A decisão do árbitro Facundo Tello obrigou o time carioca a jogar praticamente toda a final com um jogador a menos.
Apesar da desvantagem, o Botafogo não se intimidou. Luiz Henrique, grande destaque da campanha, abriu o placar ao aproveitar um lance confuso na área do Atlético. O meia ainda foi fundamental no segundo gol: ao sofrer pênalti em jogada individual, proporcionou a cobrança perfeita de Alex Telles, que ampliou a vantagem alvinegra.
Reação do Atlético-MG
No segundo tempo, o técnico Gabriel Milito promoveu mudanças importantes no Atlético, que aumentaram a pressão sobre a defesa botafoguense. As entradas de Mariano, Bernard e Vargas deram mais dinamismo ao ataque, resultando no gol de cabeça do chileno Vargas após cobrança de escanteio.
O Galo dominou a posse de bola e criou chances claras para empatar, mas pecou na finalização. Vargas desperdiçou duas oportunidades, enquanto Hulk, bem marcado, não conseguiu transformar suas jogadas em gol. Nem as alterações ofensivas, incluindo a entrada de Alan Kardec, foram suficientes para superar a bem postada defesa do Botafogo.
O Fecho de Ouro
Nos acréscimos, o Botafogo sacramentou a vitória. Após resistir à pressão do Galo, Júnior Santos aproveitou um contra-ataque para marcar o terceiro gol e garantir a festa alvinegra no Monumental, tomado pela torcida botafoguense.
Com a conquista, o Botafogo coroa uma campanha memorável na Libertadores, que incluiu eliminações de gigantes como Palmeiras, São Paulo e Peñarol, com direito a uma histórica goleada de 5 a 0 sobre os uruguaios.
Luiz Henrique, eleito o melhor jogador da competição, simbolizou a entrega e o brilho de um time que entrou para a história do futebol sul-americano. A América é, agora, alvinegra.