Lançado em julho deste ano, o programa Voa Brasil permite que aposentados do INSS comprem passagens aéreas por até R$ 200 por trecho, mas enfrenta baixa adesão. Até agora, foram vendidos apenas 10.422 bilhetes, menos de 1% dos 3 milhões de assentos ofertados pelas companhias aéreas. O programa, segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos, tem o objetivo de ampliar o acesso ao transporte aéreo entre aposentados que não viajam de avião há pelo menos um ano.
O público-alvo inicial é de 23 milhões de pessoas, com o governo planejando expandir futuramente para pensionistas e estudantes do ProUni. Para participar, é necessário que o aposentado tenha uma conta gov.br com nível de segurança prata ou ouro. Após atualizar seus dados, o interessado pode acessar o site oficial do Voa Brasil, selecionar o destino e datas disponíveis e, em seguida, ser direcionado ao site da companhia aérea para finalizar a compra.
O Voa Brasil opera sem subsídios governamentais, dependendo da disponibilidade de assentos das companhias aéreas, que oferecem os bilhetes a preços reduzidos apenas em períodos de baixa ocupação. As passagens estão disponíveis durante todo o ano, mas a chance de encontrar bilhetes por R$ 200 aumenta fora da alta temporada.
Segundo o governo, o programa visa incrementar em 10% o número de CPFs compradores de passagens aéreas, atualmente em torno de 30 milhões por ano. Apesar da baixa adesão inicial, o ministro Silvio Costa Filho explicou que o Voa Brasil funciona como um piloto, com a expectativa de ajustes e expansão em 2025.
A baixa adesão ao programa é atribuída à falta de clareza sobre os critérios e dificuldades no acesso às passagens, segundo especialistas. Além disso, as companhias aéreas têm liberdade para determinar a disponibilidade dos bilhetes, limitando o alcance da iniciativa.
O governo pretende ampliar o público-alvo em 2025, incluindo estudantes de programas sociais e pensionistas, mas reconhece que o sucesso do Voa Brasil dependerá de ajustes operacionais e maior adesão por parte dos beneficiários.