O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, deve prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5). O militar, que firmou um acordo de colaboração premiada, tem fornecido informações que sustentam investigações envolvendo Bolsonaro e outros aliados próximos.
No mês passado, Cid foi indiciado pela PF junto a Bolsonaro e outras 35 pessoas sob suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, além de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa. O inquérito faz parte de uma série de investigações que miram o núcleo político do ex-presidente.
Em 21 de novembro, Mauro Cid prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a PF apontar omissões e contradições em seu acordo de delação premiada. O depoimento durou cerca de três horas, e, na ocasião, o ministro considerou que o militar esclareceu os pontos questionados.
O novo depoimento deve trazer mais detalhes sobre os fatos investigados, consolidando as informações apresentadas no acordo de delação. O caso segue como um dos desdobramentos mais sensíveis do período pós-governo Bolsonaro, com implicações que podem atingir o ex-presidente e sua base de apoio político.
A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal ainda não divulgaram informações sobre possíveis novas linhas de investigação ou ações judiciais decorrentes dos depoimentos de Mauro Cid.