Embora tenha sido derrotado nas finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, o Atlético-MG superou o desempenho planejado pela diretoria para o ano de 2024, alcançando valores de premiação significativamente maiores do que os previstos. No início do ano, o clube havia estabelecido como meta chegar às oitavas de final em ambas as competições, o que resultaria em um retorno financeiro de aproximadamente 31,5 milhões de reais.
No entanto, ao terminar como vice-campeão nos dois torneios, o Atlético arrecadou quase 145 milhões de reais, ou seja, cerca de 115 milhões a mais do que o estimado inicialmente.
Apesar desse desempenho positivo nas copas, o desempenho abaixo do esperado no Campeonato Brasileiro trouxe impacto financeiro negativo.
A premiação foi cerca de 17 milhões de reais inferior à projetada, e a equipe não conseguiu assegurar uma vaga na Libertadores de 2025. Esse cenário pode afetar diretamente as finanças do clube no próximo ano.
Rafael Menin, um dos donos da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, disse que prevê um 2025 complicado para os cofres alvinegros.
“A conta do Galo é uma conta muito difícil. A gente inclusive é muito cobrado, que a gente deveria investir mais, a despeito de ser o que vem investindo nos últimos três, quatro anos, um valor muito parecido por volta de 500 milhões por ano no futebol, mas não dá pra gente fazer loucura. A gente tem que ter os pés no chão, ter a consciência, a boa consciência, em relação à receita. A gente fez uma SAF no ano passado, que foi muito importante. O Galo tinha uma dívida de mais de dois bilhões de reais e vai terminar o ano com uma dívida pouco acima de um bilhão, mas ainda é uma dívida muito grande. A gente tem um investimento já muito grande, temos ainda uma despesa financeira com juros muito elevada e a gente tem que continuar trabalhando para reduzir ano após ano a dívida do clube”, explicou Rafael Menin, em entrevista ao GE.