O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (20), cotado a R$ 6,06, após mais um dia de leilões realizados pelo Banco Central (BC) para aumentar a oferta da moeda no Brasil e conter a desvalorização do real.
Nos últimos dias, o dólar vinha registrando fortes altas, chegando a R$ 6,30 na quinta-feira. Para conter a alta, o BC colocou US$ 8 bilhões à venda em leilões, o que fez o dólar recuar e fechar a R$ 6,1216.
Nesta sexta-feira, o BC ofertou mais US$ 7 bilhões, sendo US$ 3 bilhões em leilões à vista (sem recompra) e US$ 4 bilhões com compromisso de recompra. Durante o dia, a moeda chegou a atingir a mínima de R$ 6,05.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, explicou que houve uma saída extraordinária de recursos do Brasil no final deste ano, o que motivou a intervenção. Gabriel Galípolo, futuro chefe da autoridade monetária, afirmou que não acredita em um "ataque especulativo" contra o real.
O mercado também segue atento à tramitação do pacote de corte de gastos do governo no Congresso, com investidores observando o impacto das propostas no equilíbrio fiscal. Existe um receio de que as medidas não sejam suficientes para controlar as contas públicas e conter o crescimento das despesas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, continua apresentando oscilações entre altas e baixas.