Cinco pessoas serão julgadas pela morte de Liam Payne, ex-integrante da banda One Direction, conforme determinação da Justiça argentina na última sexta-feira (27). A informação foi divulgada pelo Ministério Público argentino nesta segunda-feira (30).
Payne faleceu após cair da sacada de um hotel em Buenos Aires, onde estava hospedado, em outubro deste ano.
Segundo o comunicado oficial, a Justiça determinou a prisão preventiva de dois réus: um funcionário do hotel e um garçom local, ambos acusados de fornecer cocaína ao cantor. Se condenados, eles podem enfrentar penas de até 15 anos de prisão.
Os outros três réus – o empresário de Payne, o gerente do hotel e o chefe da recepção – poderão aguardar o julgamento em liberdade. Eles são acusados de "homicídio culposo", crime que prevê pena de até cinco anos de prisão.
A juíza Laura Bruniard, responsável pela decisão, afirmou que ficou claro que, minutos antes da morte, "Payne não estava em condições de cuidar de si mesmo". Em sua decisão, ela menciona uma filmagem capturada por câmeras de segurança no lobby do hotel, na qual o cantor é visto desmaiado e sendo carregado para o quarto por três pessoas.
"Levá-lo para o quarto no estado em que se encontrava foi colocá-lo em risco de vida", afirmou a juíza. "O modo como foi conduzido demonstra um estado de extrema vulnerabilidade".
Ela ainda destacou que, dado o seu estado alterado de consciência, o adequado seria que Payne fosse deixado em um local seguro e acompanhado até a chegada de um médico.
Um exame toxicológico realizado após sua morte detectou cocaína, crack e outras substâncias no organismo de Payne. A autópsia indicou que ele faleceu devido a politraumatismos e hemorragias internas e externas.
Durante as buscas em seu quarto, a polícia encontrou, além de bebidas alcoólicas, medicamentos como clonazepam, utilizado no tratamento de epilepsia, transtornos de ansiedade e síndrome do pânico, entre outros.
