A Prefeitura de Santana do Paraíso (PMSP) declarou nesta terça-feira (14) situação de emergência, após as últimas chuvas intensas terem provocado alagamentos e inundações em diversas áreas da cidade.
O Decreto Municipal nº 1.500 mobiliza todos os órgãos municipais sob a coordenação da Defesa Civil para atuação em ações emergenciais e de recuperação.
Entre os dias 11 e 12 de janeiro, Santana do Paraíso registrou o maior índice pluviométrico de sua história: 216 milímetros.
As fortes chuvas resultaram em uma morte, quatro feridos e diversos prejuízos estruturais, como desmoronamentos em vias públicas e pontes, além de inundações que afetaram residências tanto na zona urbana quanto na zona rural.
Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social aponta que 528 pessoas foram diretamente impactadas.
“Os fenômenos da natureza são imprevisíveis e as condições climáticas atuais indicam o risco preocupantes, especialmente com a previsão dos grandes volumes de chuva previstos para os próximos dias. A principal prioridade é preservar a vida e a integridade física dos moradores das regiões afetadas”, frisou o prefeito de Santana do Paraíso, Bruno Morato.
De acordo com estudos geotécnicos, há indicação de risco de novos desabamentos e desmoronamento, quedas de barreiras, muros, estradas e pontes, o que, segundo a PMSP em nota, “demanda ações imediatas, urgentes para evitar um desastre maior”.
Decreto
O decreto autoriza medidas excepcionais, como ingresso em propriedades privadas para ações de socorro e evacuação; uso de bens particulares para mitigar riscos, com indenização posterior em caso de danos; e dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços urgentes.
Além disso, também está prevista a desapropriação de áreas consideradas de risco intensificado.
A situação de emergência terá validade de 180 dias e poderá ser encerrada antes, mediante novo decreto.
Bairros mais atingidos
Os bairros mais atingidos incluem o Centro, Águas Claras e Industrial.
Na região central do município, 14 famílias, num total de 41 pessoas, estão abrigadas na Escola José Dias Bicalho, enquanto outras 69 famílias (207 pessoas) foram atingidas.
No bairro Águas Claras, uma família, com três pessoas, encontra-se abrigada, e outras 28 famílias (121 pessoas) foram impactadas.
Já no bairro Industrial, oito famílias, somando 13 pessoas, estão abrigadas na Escola João Matias, e 68 famílias (cerca de 200 pessoas) foram atingidas.
A Prefeitura informou que “segue monitorando a situação e trabalhando para minimizar os impactos da chuva na população e na infraestrutura da cidade”.