O Banco Central (BC) anunciou duas novas funcionalidades do sistema de pagamentos Pix, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2025. Desde sua criação em 2020, o Pix tem conquistado ampla adesão dos brasileiros pela praticidade e agilidade em transferências e pagamentos. As novidades, o Pix por aproximação e o Pix automático, prometem trazer ainda mais conveniência e eficiência ao sistema.
A primeira funcionalidade, Pix por aproximação, será lançada oficialmente em 28 de fevereiro de 2025. Atualmente em testes, o recurso já está disponível na carteira digital do Google para clientes do Itaú, C6 e PicPay desde novembro de 2024. Com o novo sistema, usuários poderão realizar pagamentos apenas aproximando o celular de terminais compatíveis, como maquininhas de cartão, utilizando a tecnologia NFC.
A ideia é simplificar ainda mais o processo, eliminando a necessidade de acessar o aplicativo bancário para cada transação. O BC destaca que a integração das chaves Pix em carteiras digitais funcionará de forma similar aos pagamentos com cartões por aproximação.
“O cliente poderá cadastrar sua conta na wallet e realizar pagamentos presenciais com o Pix de forma instantânea, proporcionando mais praticidade no dia a dia”, afirmou o BC.
Já o Pix automático, com estreia marcada para 16 de junho de 2025, permitirá a realização de transferências programadas, funcionando de maneira semelhante ao débito automático. A novidade visa facilitar pagamentos recorrentes, como contas de água, energia, escolas, academias, planos de saúde e serviços de streaming.
O cliente autorizará os débitos diretamente pelo aplicativo da instituição financeira, eliminando a necessidade de autenticação em cada transação. De acordo com o BC, o recurso deve beneficiar empresas ao reduzir custos e inadimplências, além de otimizar o processo de cobrança.
Outro foco do Banco Central é o aprimoramento do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, que permite a recuperação de valores em casos de fraudes e golpes. Atualmente, o sistema registra a notificação de infração e bloqueia valores enquanto o caso é analisado pelas instituições financeiras. A meta é tornar o processo mais ágil e eficiente.
Paralelamente, o governo federal revogou nesta semana uma norma da Receita Federal sobre o monitoramento de movimentações via Pix. A medida havia sido implementada no início de janeiro, mas gerou forte reação da oposição e críticas na opinião pública.
Embora o governo argumentasse que o objetivo era combater grandes sonegadores, surgiram preocupações de que a norma poderia atingir trabalhadores informais e a classe média. Após o desgaste, o governo justificou a revogação como uma forma de evitar fraudes baseadas em notícias falsas sobre uma suposta taxação do Pix.
Mesmo em meio a rumores e controvérsias, o Banco Central mantém uma avaliação otimista sobre o crescimento do Pix, que registra uma taxa de adesão anual de cerca de 30%. As novas funcionalidades prometem consolidar ainda mais o sistema como uma das principais formas de pagamento e transferência no Brasil.