O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou nesta quarta-feira (22) ao presidente russo, Vladimir Putin, para que encerre a guerra na Ucrânia "agora", alertando para a possibilidade de imposição de tarifas e sanções.
"Se não fizermos um 'acordo', e em breve, não terei outra escolha senão importar altos níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer bem vendido pela Rússia aos Estados Unidos e outros países", declarou Trump em sua rede social.
Embora tenha afirmado não ter intenção de prejudicar a Rússia, Trump destacou: "Sempre tive uma relação muito boa com o presidente Putin", a quem já demonstrou admiração no passado.
No entanto, Trump foi enfático em sua mensagem: "Dito isso, vou fazer um grande FAVOR à Rússia, cuja economia está falhando, e ao presidente Putin. Recomponha-se agora e PAREM com essa guerra ridícula! SÓ VAI PIORAR".
Na terça-feira, em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump mencionou que é "provável" a aplicação de novas sanções caso Putin não se disponha a negociar.
O presidente americano também foi questionado sobre a continuidade da política de envio de armas à Ucrânia, implementada por seu antecessor Joe Biden. "Estamos analisando isso", respondeu Trump.
Ele ainda revelou estar em contato com líderes envolvidos no conflito: "Estamos conversando com (o presidente ucraniano Volodimir) Zelensky e falaremos com o presidente Putin muito em breve."
Trump, que havia prometido antes de sua posse encerrar a guerra na Ucrânia, reafirmou sua posição e expressou preocupação de que Kiev possa ser pressionada a fazer concessões a Moscou.
Na segunda-feira, Trump fez críticas contundentes a Putin, dizendo que o líder russo está "destruindo a Rússia ao não fazer um acordo". O republicano também afirmou que Zelensky está disposto a buscar uma solução pacífica: "Zelensky disse que queria um acordo de paz para acabar com a guerra."