O governo de Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta quinta-feira (23) discussões sobre possíveis medidas para reduzir o preço dos alimentos no país. O tema, considerado um dos principais fatores de pressão inflacionária e de impacto na popularidade do presidente, é tratado como prioridade pela administração federal em 2025.
A reunião no Palácio do Planalto contou com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além de Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Não há expectativa de que medidas concretas sejam anunciadas hoje.
O encontro ocorre após declarações de Rui Costa, na quarta-feira (22), sobre a intenção do governo de “buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos”.
A palavra “intervenções” gerou apreensão no mercado, levantando temores de medidas artificiais que poderiam causar impactos negativos na economia a médio prazo. Mais tarde, a Casa Civil esclareceu que o governo não planeja intervir diretamente nos preços, mas estuda ações para tornar os alimentos mais acessíveis.
Na última segunda-feira (20), durante uma reunião ministerial, Lula cobrou esforços para reduzir os preços dos alimentos, afirmando que eles precisam ser compatíveis com o poder de compra da população.
Dados do IBGE, divulgados em 10 de janeiro, apontaram uma inflação de 8,23% nos alimentos consumidos em casa em 2024, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os maiores impactos vieram das carnes (20,84%), café moído (39,60%), leite (18,83%) e frutas (12,12%).