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Trump vai assinar decreto para banir mulheres trans de competições

A medida é uma promessa de campanha do presidente dos Estados Unidos

05/02/2025 às 16h00
Por: Redação VOX
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Foto: Reprodução/AP Photo/Mark Schiefelbein
Foto: Reprodução/AP Photo/Mark Schiefelbein

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá assinar, nesta quarta-feira (5), uma ordem executiva que visa proibir a participação de pessoas transgêneros, biologicamente designadas como do sexo masculino ao nascer, em eventos esportivos femininos.

No mês passado, Trump já havia emitido uma ordem abrangente em seu primeiro dia de mandato, que determinava que o governo federal reconhecesse o gênero apenas como masculino ou feminino, refletindo essa definição em documentos oficiais, como passaportes, e em políticas públicas, como a designação de presos em penitenciárias federais.

Durante sua campanha para retomar a presidência, Trump percebeu que sua promessa de “manter os homens fora dos esportes femininos” gerou um apoio amplo, com mais da metade dos eleitores pesquisados pela agência The Associated Press afirmando que os direitos dos transgêneros haviam sido defendidos em excesso pelo governo e pela sociedade.

A nova ordem, que será assinada no Dia Nacional das Meninas e Mulheres no Esporte, deve orientar a interpretação do governo sobre o Título IX, a lei que busca promover a igualdade de gênero no esporte e prevenir o assédio sexual nos campi universitários.

A política foi elogiada pela política Nancy Mace, da Carolina do Sul, que afirmou que a ordem executiva "restaura a justiça" e "defende os direitos das atletas femininas que treinaram toda a vida para competir nos mais altos níveis". A interpretação do Título IX pode variar de acordo com cada administração, e as últimas duas administrações presidenciais tiveram abordagens muito diferentes sobre o tema.

No primeiro mandato de Trump, a secretária de educação Betsy DeVos emitiu uma política do Título IX, em 2020, que restringia a definição de assédio sexual e exigia que faculdades investigassem alegações somente se relatadas a certos funcionários. Já o governo de Joe Biden reverteu essa política em abril do ano passado, garantindo proteção aos direitos dos alunos LGBT+ e oferecendo novas salvaguardas para vítimas de agressão sexual no campus, mas não abordou diretamente a participação de atletas transgêneros.

A decisão sobre como essa nova ordem impactará os atletas transgêneros ainda é incerta, dado que é difícil determinar o número exato de pessoas afetadas. A Associated Press reportou em 2021 que, em estados com proibição de atletas trans, poucas situações reais de impacto foram registradas. Em Utah, por exemplo, apenas uma menina transgênero no Ensino Fundamental e Médio foi afetada pela proibição.

 

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