A Prefeitura de Coronel Fabriciano, por meio da Secretaria de Governança da Saúde, divulgou nesta quarta-feira (5) o primeiro Levantamento do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. O estudo apontou um índice de infestação de 3,8%, classificando a cidade com risco médio de transmissão das doenças causadas pelo mosquito. O percentual supera o limite de 1% estabelecido pelo Ministério da Saúde como aceitável para evitar surtos de arboviroses, como Dengue, Zika e Chikungunya.
Para a realização do levantamento, os agentes de endemias do município percorreram os bairros entre os dias 27 e 31 de janeiro, coletando larvas do mosquito Aedes aegypti. O material foi enviado ao laboratório para análise, identificando as regiões com maior concentração de focos do vetor.
O levantamento apontou que os bairros com os maiores índices de infestação são São Cristóvão (28,5%), Santa Luzia (25%), Contente (23,8%) e Pedreira (23%). Diante desse cenário, a Prefeitura de Coronel Fabriciano anunciou medidas emergenciais para intensificar o combate ao mosquito nessas áreas, com mutirões de limpeza e aplicação de inseticidas.
“As equipes de endemias farão um trabalho mais intensivo nesses bairros, com vistorias e tratamento nos locais onde foram encontradas larvas. Além da eliminação dos focos de reprodução do mosquito, também utilizaremos o fumacê e faremos o bloqueio de transmissão com bombas costais”, explicou Adelson Arruda, coordenador de Zoonoses e Endemias da Prefeitura.
Outro dado preocupante revelado pelo LIRAa é que 90% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das residências, em depósitos como tambores (16,5%), latas (12%) e baldes (9%). Em razão disso, a Vigilância em Saúde fez um alerta para que a população reforce os cuidados em casa e ajude no combate ao mosquito.
“O período de incubação do Aedes aegypti pode chegar a 15 dias. Se cada morador dedicar apenas 10 minutos, duas vezes por mês, para inspecionar e limpar seu quintal, poderemos eliminar criadouros e evitar a proliferação do mosquito”, destacou Adelson.
Para reforçar as ações preventivas, a Prefeitura dará continuidade, em 2025, à gincana de combate ao mosquito, promovida pela Secretaria de Governança da Saúde em parceria com os alunos do Programa Mexa-se e a Secretaria de Governança Educacional e Cultural.
Na última edição, mais de 1 milhão de recipientes que poderiam acumular água foram retirados das ruas de Coronel Fabriciano. A expectativa é que a nova edição da gincana contribua ainda mais para reduzir os focos do Aedes aegypti.
“Com o Programa Mexa-se, conseguimos mobilizar os moradores para eliminar recipientes que acumulam água. Nossa cidade tem 48 mil imóveis, e precisamos da colaboração de todos para alcançar cada um deles”, reforçou Adelson.
Além da gincana, as equipes de endemias continuam realizando ações permanentes de combate ao mosquito, como aplicação de larvicidas, instalação de tampas em caixas d'água, destruição de focos e orientações aos moradores sobre medidas preventivas.
Os sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti variam de acordo com cada infecção. No caso da Dengue, os sinais mais comuns incluem febre alta (40°C) de início súbito, dor de cabeça, náuseas, vômitos e dores nas costas. Já a Chikungunya provoca dores articulares intensas, além de dores musculares e cefaleia. A infecção por Zika, por sua vez, causa febre baixa, acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e coceira.
A Secretaria de Saúde de Coronel Fabriciano reforçou que a rede pública está preparada para atender casos suspeitos, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. O município conta com 17 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Para casos mais graves, os pacientes devem procurar a UPA 24 Horas ou o Hospital Dr. José Maria Morais, referências no atendimento emergencial.
A Prefeitura de Coronel Fabriciano também reforça a importância da participação popular no combate ao Aedes aegypti. Moradores podem denunciar lotes vagos, residências fechadas e locais com água acumulada que possam servir como criadouros do mosquito.
As denúncias podem ser feitas presencialmente na Ouvidoria Municipal, localizada na Rua Duque de Caxias, nº 7, Sala 3, Centro – Galeria Central, em frente ao Paço Municipal. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Também é possível registrar denúncias pelo telefone (31) 3406-7558 ou pelo aplicativo E-Ouve.
Com o aumento dos casos de arboviroses em várias regiões do país, a Prefeitura reforça que a colaboração de toda a população é fundamental para conter a proliferação do Aedes aegypti e evitar surtos das doenças transmitidas pelo mosquito.