O ex-presidente Jair Bolsonaro indicou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e outras 14 pessoas como testemunhas de defesa na ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta trama golpista.
A defesa prévia foi enviada ao STF nesta segunda-feira (28), após Bolsonaro ter sido intimado na semana passada enquanto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia intestinal.
Além de Tarcísio, foram arrolados como testemunhas o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além do general Gomes Freire, o brigadeiro Batista Júnior e o ex-diretor de tecnologia do TSE, Giuseppe Janino, conhecido pelo trabalho com as urnas eletrônicas.
Na petição enviada ao STF, os advogados de Bolsonaro criticaram a forma como foi feita a intimação no hospital:
“A citação foi realizada de forma contrária ao quanto estipula o artigo 244 do CPC e ocorreu contra a orientação e apesar das advertências dos médicos responsáveis pelo tratamento e internação do peticionário, situação que, todavia, não foi registrada nos autos na certidão lavrada”, declarou a defesa.
No dia 11 de abril, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a intimação dos denunciados que se tornaram réus após decisão da Primeira Turma do STF. As intimações foram cumpridas entre os dias 11 e 15, com exceção de Bolsonaro, que passou mal no dia 12 e precisou de cirurgia. Mesmo com o estado de saúde, Bolsonaro realizou uma live direto da UTI no dia 22, o que levou o STF a determinar a intimação no hospital no dia seguinte.